Transferência para o Fermentador

Uma vez resfriado o mosto, vamos transferir o quanto antes para o fermentador para evitar contaminações. Lembre-se que no fundo da panela do mosto há muita sujeira decantada, gerada pelo lúpulo e pelas proteínas coaguladas. Esta sujeira é comumente chamada de trub. O trub não deve ser levado junto ao fermentador, pois este poderá inibir a fermentação.
O ideal agora é que o mosto seja retirado da panela e vá diretamente ao fermentador, com o menor contato possível com o ar ambiente.
Importante: Antes de fazer a transferência, certifique-se que o fermentador esteja limpo e isento de contaminantes!
Antes de transferir para o fermentador, retire um pouco do mosto para fazer a medição da densidade. Para isso, basta encher a proveta que você adquiriu para usar com o densímetro.
Uma vez coletada a amostra para medir a densidade, vamos transferir o mosto diretamente para o fermentador. Retire o mosto com vazão moderada para não arrastar o trub. Se possível, mantenha o fermentador fechado ou semi-tampado, fazendo com que o mínimo de ar entre no recipiente. É importante ficar atento à transferência, pois pode ser que parte do trub comece a ser arrastada para o fermentador.
Vale lembrar que não vamos retirar tudo o que está na panela. O trub deverá ficar de fora! Por isso, quando o nível do mosto da panela chegar até a camada de sujeira do fundo, interrompa o fluxo e descarte o que sobrou.
Agora vamos aerar o mosto. 
Aerar, em nosso caso, nada mais é do que introduzir ar no líquido. O fermento precisa de oxigênio para se multiplicar e iniciar seu trabalho, que é consumir os açúcares presentes no mosto. Mas visto que durante a fervura o oxigênio do mosto se perdeu, é necessário reintroduzir oxigênio.
Há várias formas de introduzir oxigênio no mosto. Algumas pessoas fecham o fermentador com o mosto dentro e agitam o mesmo para que o oxigênio seja misturado. Também é possível adicionar oxigênio ao mosto, usando um oxigenador de aquário, tomando o cuidado em se usar um filtro anti-bactérias na extremidade da mangueira que vai ser mergulhada ao mosto. Em nosso caso, aproveitamos a transferência para o fermentador para fazer a oxigenação do mosto.
À medida em que transfere o mosto para o fermentador, deixe que o mosto “caia” de certa altura, fazendo com que o mesmo seja oxigenado sozinho. Para isso, ajuste a altura da válvula ou da mangueira em relação ao fermentador de modo que, ao cair, o mosto seja agitado. Também é importante manter a vazão do mosto baixa, auxiliando na oxigenação. Uma espuma começará a ser formar sobre o mosto e isso é normal. Como citamos anteriormente, se possível mantenha o fermentador o mais fechado possível durante este procedimento.